Baseado na vida de um jovem criado à margem. Vivências que figuram o cotidiano de muitos outros que ali estão inseridos na mesma realidade. O elemento da linha configura e organiza sua identidade, a linha do trem, a linha da pipa, o emaranhado de linhas naquele poste, até o tênis velho que decora pendurado por uma linha.

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A obra Gato II (2022) pertence a série intitulada "Memórias Marginais”, a qual traça uma linha de resgate entre memórias, símbolos e marcos do íntimo do artista. Muito além de uma construção linear de imagens ao decorrer do tempo, a obra configura-se como uma série de nós que eternizam momentos transitivos e alguns até efêmeros. Dessa maneira, esse trabalho busca explorar e resgatar a identidade que lhe foi ensinada a esquecer, permeando por um conto pessoal, porém, como disse Plínio Marcos em Plínio Marcos em Prosa e Samba (1974), “eu conto histórias das quebradas do mundaréu.”